Objeto de apego



Lendo um trabalho de uma colega que dizia, entre outras coisas, sobre objetos de apego, objetos de transição de apego em crianças, vi que Marina realmente não tinha apegos materiais.

Na verdade, fiz isso meio de caso pensado porque sempre achei que o desmame da Marina seria feito com troca por carinho e eu sempre achei que eu e meu marido tínhamos mais importância e faríamos mais diferença na vida dela do que um bichinho de pelúcia ou um paninho.

Um tetê por um carinho, sempre foi assim. Mas tem uma linha da psicologia que diz que isso é importante para a criança para que ela se desvincule da mãe, tenha sua vida, mas Marina tem conquistado sua vidinha, começando pela vida social da escola, passando pela propriedade que ela tem sobre seu quarto e sua cama (após 2 anos de cama compartilhada) enfim, achei melhor fazer do meu jeito. Eu não tenho substitutos. Ela pode ter outras pessoas na vida dela, ela terá sua família, mas mãe e pai, só nós dois. E acho que ela pode confiar nela, mais do que em um ursinho de pelúcia. E sabe que nos terá por aqui, pelo menos enquanto vivos.

Enfim, nesse mesmo dia, enquanto amamentava Marina, perguntei a ela do que ela mais gostava. Ela apontou pro tetê (rs). Perguntei de novo: Outra coisa, fale outra coisa que você gosta. Ela apontou o outro tetê. Eu dei risada. E o que mais que você gosta, Marina? ela me abraçou. E que mais você gosta? aí ela soltou o peito e disse: O papai. Ainda insisti:  E um brinquedo? Ela não respondeu.

Abracei-a e disse: Pois é, Marina seus objetos de apego somos nós, mamãe e papai. Mamãe também te ama muito e o papai também.

Por enquanto o tetê direito está em primeiro lugar e o esquerdo em segundo. rsrsr. Mas acho que logo logo assumiremos o lugar maior do pódio.

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