O Nascimento da Marina


Fabiana e Marina aos 22 de maio de
2010, 36 semanas e 5 dias.





Pois é...

Enquanto eles estavam guardadinhos em nossa barriga, comer era bem mais fácil... No máximo, nós passávamos mal, enjoávamos...

Embora já haviam me dito mas eu não acreditava, agora, 38 semanas depois é que o "caldo entorna"...

Eu me preparei muito para amamentar. Queria ter parto normal ou pelo menos que a Marina "avisasse" sua chegada, com bolsa estourada ou contrações e foi isso mesmo que aconteceu.

Segue o relato do parto da Marina. Depois conversaremos novamente sobre minha experiência de amamentar...

"A Marina nasceu em 06/06/2010, às 8h37 da manhã com 38 semanas e 5 dias, em pleno domingo de frio!!!!!

Tive, nas últimas semanas, várias contrações de treinamento, indolores. No dia 3 pela madrugada senti a primeira contração. Além disso, vinha sentindo um mal estar, já não conseguia mais comer direito, vomitei algumas vezes, acho que por conta do tamanho dela e do meu tamanho, acho que estava já tudo meio apertado e a comida não descia direito. Todas as noites eu tinha a sensação de que algo ia acontecer, sei lá uma coisa estranha... Junto com mal estar... não sei explicar... Até que, na madrugada do dia 3 tive uma contração de verdade. Foi uma só, mas o suficiente para saber que a Marina estava chegando. Na madrugada seguinte, tive mais três contrações e fiquei aguardando que elas ritmassem, mas que nada. Foram só as três e pronto. Isso se repetiu na madrugada do sábado, dia 5.

Liguei para o médico pela manhã para tentar adiantar minha consulta para o início da semana, pois estava ficando meio apavorada e já não sabia mais se queria esperar o parto normal como havíamos combinado. Ele me disse para passar no consultório segunda, dia 7 e aí conversaríamos, caso eu não quisesse mais, tudo bem. Fui tomar um banho e, ao me enxugar, senti a tal da água quente descendo pelas minhas pernas. Foi pouca, mas o suficiente para conseguir mostrar ao meu marido. Fiz ele ligar novamente para o médico que me mandou ir para o Hospital para confirmarmos se a bolsa tinha rompido. Me arrumei, pegamos as malas, batemos até foto! E fomos para o Hospital.

Chegando lá, fiz aquele exame de toque horroroso e o médico plantonista disse que poderia não ser rompimento ou então era uma rotura alta, pois a água que saiu era pouca e que eu tinha 1 cm só de dilatação. Me pediu um ultrassom, que não indicou perda de líquido. Quatro horas depois, sem almoçar, estava eu de volta em casa, doida da vida. Falei com meu médico de novo e ele repetiu novamente que, caso eu não quisesse mais tentar o PN que ele aguardaria somente completar as 39 semanas. Minha família já estava toda no hospital!!!!

Na madrugada de sábado para domingo, as contrações começaram de novo e não pararam mais. Iniciaram às 3h, mais ou menos de 20 em vinte minutos e, neste intervalo, vinha uma cólica forte que não chegava a ser uma contração.Meu marido ficou controlando os intervalos comigo e, quando perdemos as contas, acho que já estava de 10 em 10 minutos, alternados com a tal da cólica, fui para o Hospital. Ainda bem que não tinha tirado as malas do carro, pois ia ser difícil carregar!!!Chegando lá, peguei o mesmo plantonista. Mais um exame de toque e 2 cm de dilatação. Ele me internou e chamou meu médico. Fui direto para o Centro Obstétrico e lá fiquei tendo contrações. As enfermeiras perguntaram se eu ia querer normal e eu disse que esperaria para resolver com meu médico, pois não queria induzir. Só faria o PN se houvessem condições reais. Neste meio tempo, a bolsa estourou de vez. Meu médico chegou por volta das 8h e eu já estava subindo pelas paredes!!!! As contrações chegaram a ficar de 1 em 1 minuto mas, quando o meu médico chegou, viu que o colo estava alto ainda e continuava com 2cm de dilatação. Então ele optou pela cesárea. Dá um pouquinho de medo, mas logo passou quando vi minha princesa. Meu marido assistiu o parto e nos emocionamos muito. Ela nasceu com 2780g e 46,5 cm, pequenininha mas muito linda!!!"

Comentários

  1. Só a amamentação consegue cicatrizar a ferida de uma cesárea, de um não-parto. Comigo foi assim... só 5 anos depois eu consegui sentar e fazer o relato do meu primeiro filho e eu só senti o vínculo quando assumi a amamentação como prioridade. Para mim, amamentá-lo com o corpo e a alma foi um divisor de águas, significou a vida...

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